terça-feira, 30 de outubro de 2012

Liberdade, Liberdade! O samba que o Povo Jamais Esqueceu.



O samba que o Povo Jamais Esqueceu.
Por Flávio Trindade de Almeida(reprodução de reportagem do Jornal Meia Hora de Domingo , 16/09/2012.
Quatro lendas do samba se reencontraram pela primeira vez, desde que entraram para a história como os autores do samba-enredo “Liberdade, Liberdade! Abe as Asas sobre nós”, qu deu o título do Carnaval de 1989 à Imperatriz Leopoldinense. Preto Joia, Niltinho Tristeza, Vicentinho e Jurandir foram à quadra da escola de Ramos relembrar o sucesso e comemorara a escolha do hino da Verde e Branca como tema de abertura da novela das seis da TV Globo, Lado a Lado, que estreou n segunda-feira.
“Soube com um mês de antecedência que o Liberdade seria tema da novela. Os produtores entraram em contato comigo, e todos ficamos muito felizes. É uma coisa que nos dá orgulho”, festeja Preto Joia, revelando que era a primeira vez que os quatro se reuniam desde 1989, “Encontrávamos um ou outro separadamente, ou aqui mesmo na quadra, mas os quatro juntos é a primeira vez desde a comemoração daquele título”.
“Mas nem por isso deixamos de ser amigos” intervém Niltinho Tristeza, que abria sua casa para reuniões dos bambas que resultaram na composição do Samba da Imperatriz de 1989, cujo enredo eram os 100 asnos da Proclamação da República. “Eu sempre morei aqui em Ramos, o Jurandir era da Barreirado Vasco, o Vicentinho, do Alemão, e depois chegou o Preto Joia que era da Vila Cruzeiro. Todos éramos de comunidades. Não tínhamos dinheiro, investimos do nosso bolso e ganhamos”.


PARCERIA AO ACASO QUE PODE VOLTAR A SE REPETIR 25 ANOS DEPOIS.
Reunião de sambista que se preze tem de ter história. E não foi diferente com esses bambas. Apesar do sucesso retumbante, Liberdade não era um dos favoritos na escolha dos sambas da Imperatriz, e a parceria do quarteto foi feita ao acaso. Éramos eu, Vicente e Niltinho. Só depois chegou o Preto Joia, que fazia parceria com Zé Catimba e Flavinho, que tinham vencido a eleição no ano anterior. Era o elemento que faltava pra gente”, conta Jurandir. ‘Foi como trocar o Flamengo pelo olaria”, ri preto Joia. ‘Perguntavam se eu estava maluco, mas digo que foi uma coisa divina. Nossa Senhora da Penha me levou até esses caras”.
No entanto, o sucesso jamais foi repetido. Apesar de vitórias individuais, os quatro nunca mais compuseram novamente juntos. Algo que pode mudar para 2014. “ Serão 25 anos do Liberdade. Quem sabe poderemos nos juntar novamente pra compor? , sugere Vicentinho.

Hino Garantiu a Vitória da Imperatriz sobre “Ratos e Urubus”.
Se Existe alguma dúvida de que samba ganha título, Liberdade está ai para comprovar que sim. Em 1989, Imperatriz e beija Flor fizeram desfiles memoráveis. A escola de Ramos cantou o centenário da proclamação da republica, sobe o comando do Carnavalesco Max Lopes; enquanto a de Nilópolis surpreendeu com Ratos e urubus, Larguem minha fantasia, de Joãosinho Trinta. Empatadas até o fim, a vitória da Verde e Branca veio justamente no quesito Samba-enredo. “As duas escolas foram nota 10 na Avenida. Durante a apuração fdoi uma tensão, mas quando chegou a hora de desempatar no quesito samba-enredo, nós sabíamos que seria nosso”, orgulha-se Niltinho Tristeza. Os quatro autores do samba histórico recusam o rótulo de lendas do Carnaval”. “Quando nos reuníamos lá em 1988, eramos apenas quatro caras que gostavam de samba. E hoje nossa recompensa é o samba ser cantado”, afirma Jurandir.
 Liberdade, Liberdade! Abra as asas sobre nós
Vem, vem, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria, mãe querida
O império decadente, muito rico, incoerente
Era fidalguia
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão
Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí
Da guerra nunca mais
Esqueceremos do patrono, o duque imortal
A imigração floriu de cultura o Brasil
A música encanta e o povo canta assim
Pra Isabel, a heroína
Que assinou a lei divina
Negro, dançou, comemorou o fim da sina
Na noite quinze reluzente
Com a bravura, finalmente
O marechal que proclamou
Foi presidente
Liberdade, liberdade!
Abra as asas sobre nós (bis)
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz







domingo, 19 de fevereiro de 2012

Martinho da Vila menciona Niltinho ao fim de reportagem.

Martinho da Vila: É Carnaval! Até a tristeza se alegra
Rio - O povo brasileiro é o mais alegre do mundo. Um rosto pode chorar e rir ao mesmo tempo. Há velórios festivos, cortejos fúnebres com música, palmas no descer de caixões à sepulturas. Interpretamos canções tristes sem tristeza e pulamos alegremente nos carnavais com o choro do Pierrô Apaixonado de Noel Rosa e Heitor dos Prazeres: “Um Pierrô apaixonado, que vivia só cantando, por causa de uma colombina acabou chorando, acabou chorando. A colombina entrou no botequim, bebeu, bebeu, saiu assim, assim, dizendo: Pierrô cacete, vai tomar sorvete com o arlequim. Um grande amor tem sempre um triste fim. Com o Pierrô aconteceu assim. Levando esse grande chute foi tomar vermute com amendoim”.Para nossa alegria, Benedito Lacerda e Humberto Porto criaram uma jardineira que ficou triste com a morte de uma flor; Newton Teixeira e Cristóvão de Alencar se decepcionam com o mal-me-quer, assim como Nássara e Frazão falaram mal das flores belas: “Oh! Jardineira por que estás tão triste? Mas o que foi que te aconteceu? Foi a camélia que caiu do galho, deu dois suspiros e depois morreu”. “Eu perguntei a um malmequer, se meu bem ainda me quer, e ele então me respondeu que não. Chorei, mas depois eu me lembrei que a flor também é uma mulher que nunca teve coração”. “Entre uma rosa amarela, um cravo branco e um jasmim, encontrei a Florisbela entre as flores de um jardim. Implorei um beijo dela e ela nem olhou pra mim. Afinal as flores belas, todas elas, são assim”.Sem lamento algum nos alegramos com a insinceridade da Aurora, criada por Mário Lago e Roberto Roberti, assim como cantamos para uma moreninha de corrente de luz dos olhos que faz cegar, de João de Barro e Lamartine Babo: “Se você fosse sincera, ô ô ô ô Aurora! Veja só que bom que era, ô ô ô ô Aurora! Um lindo apartamento com porteiro e elevador e ar refrigerado para os dias de calor. Madame antes do nome você teria agora. Ô ô ô ô Aurora!”. “Vem moreninha, vem tentação! Não ande assim tão sozinha, que uma andorinha não faz verão. Dizem morena que o teu olhar tem corrente de luz que faz cegar e o povo anda dizendo, que esta luz no teu olhar a Light vai mandar cortar”.Nos finais de bailes, antes do hino da Cidade Maravilhosa, de André Filho, nos despedimos alegremente com a saudade do Max Nunes e do Laércio Alves, que sofreram por um amor: “Bandeira branca amor, não posso mais. Pela saudade que me invade eu peço paz”. Vamos sonhar e cantar como fizeram Niltinho e Haroldo Lobo: “Tristeza, por favor vai embora. Quero voltar aquela vida de alegria, quero de novo cantar”.


Publicado no Jornal O Dia em 18/02/2012 http://odia.ig.com.br/portal/opiniao/martinho-da-vila-%C3%A9-carnaval-at%C3%A9-a-tristeza-se-alegra-1.408897

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Grandes sambistas no RJ TV.


Sambas que marcaram época. David Correa (Portela), Aluisio Machado (Império Serrano) Niltinho Tristeza (Imperatriza Leopoldinense)
Reportagem no RJ Tv, sobre os grande sambas e seus compositores.
Veja no link abaixo.